Simples, Os

Por D O em

Grupo, 1975 – 1977

Os Simples eram: Manuel da Cruz Sequeira “Náiss” (voz), Armindo Pires (guitarra solo), Pedro Alcântara Brito (guitarra ritmo), Teodoro Lopes (baixo), Antão Matias (cavaquinho) e Joaquim Ricardo (chocalho). O grupo existiu na segunda metade da década de 1970, no Mindelo.

O nome surgiu num encontro na oficina de construção de violões de Pedro Alcântara Brito (mais tarde emigrado no Gabão), numa brincadeira, pois ali, recorda Náiss, “só havia coisas simples…” (Cabo Verde & a Música Dicionário de Personagens).

Na única gravação realizada pelo grupo, Ti Goy comparece a tocar caixa. Trata-se de uma cassete gravada e editada pelo técnico-fotógrafo-comerciante Daniel Vitória. São 12 temas, todos da autoria de Armindo Pires (música) e Náiss (letras). Entre eles está o tema “Verdade de Cabral”, incluído na compilação Evocação de Amílcar Cabral no Folclore Cabo-Verdiano (2003) com a indicação do nome d’Os Simples como estando a acompanhar Djô no disco Formidável (1979), de onde se extrai a gravação. Na verdade, o acompanhamento nesse LP é do África Star e nele há três temas da referida cassete.

Pela mesma época, o LP Karaté, de Marino Silva, inclui sete dos temas d’Os Simples em 12 faixas, e Bana gravou um, “Mari Giralda”, o que mostra que o grupo teve um certo impacto naquilo que os artistas cabo-verdianos radicados em Portugal estavam a produzir naquele momento. Armindo Pires, que ao emigrar para Portugal integrou, como Djô, o África Star, terá sido o elemento d’Os Simples que divulgou as músicas da cassete em Lisboa.

Além da partida do guitarrista para Portugal, a transferência de alguns membros para outras ilhas, como colaboradores da JAAC-CV, ditou o fim d’Os Simples.

Discografia

Os Simples, cassete, São Vicente, edição do grupo, 1975.

Colaborou na pesquisa: Francisco V. Sequeira

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