Patalino
Marcelo Ribeiro Fernandes Rosa
São Miguel, Santiago, 1960
Multiinstrumentista, cantor, compositor
A voz cabo-verdiana na Finlândia. É assim que Patalino é apresentado pela imprensa cabo-verdiana quando aparece com um CD gravado com uma banda formada por finlandeses. O resultado surpreendeu pela positiva alguns amigos que lhe tinham aconselhado a não gravar com aqueles músicos tão distantes da “alma cabo-verdiana”. E que acabaram por admitir: “Tens razão Patalino, fica com os teus finlandeses” (Expresso das ilhas, 10.12.2008).
É interessante notar que o repertório de Patalino não se encaixa nos gêneros ditos tradicionais de Cabo Verde. São canções, em que se consegue notar, com sutileza, as suas referências – o batuku de Santiago, ou a música guineense, por exemplo.
Desde finais dos anos 1980 Patalino vive na Finlândia, onde além de compor e gravar exerce a profissão de fisioterapeuta.
Passado a infância na Praia, onde era vizinho de Totinho e tocava uma flauta que lhe deixou ao partir para a Guiné com a mãe, em 1973 – terá sido este o primeiro passo de Totinho nos instrumentos de sopro. Em Bissau, onde passou a adolescência, Patalino começou a tocar violão e a cantar. Em 1979 transfere-se para Portugal e em Lisboa atua em casas noturnas como Lontra e Montecara, na época dois conhecidos pontos de encontro da música dos PALOP, em particular de Cabo Verde. Passou também algum tempo na Madeira, a viver como profissional da música.
Discografia
- Bom dia Cabo Verde, CD, e/a, Asikkala, Finlândia, 2009.
- Participação na compilação Pieni Tiikeri – Lauluja Lapsille, 2013 com a composição “Nha manera”.
- Participação na compilação Kansanmusiikki, 2013 com a composição “Nha manera”.
Composições
Artista; Badiu Mandjacu; Badjuda; Balansa cu duro; Bom dia Cabo Verde; Cabral; Ca diziludin; Ca ngabam; Convivencia www.com; Cre u txeu; Criolu/Criola; Cumbosa; Damaia; Dja mata m sodadi; Barri padja; Gatu Bedju; Flana; H/istoria; Lilin; Luz criola; Mariadu; Mar di amigo; Mi so; Mindjer trapacera; Morabeza morri matado; Morabeza (ragalado sima xibinho); Mudjer di amigo; Mudjer nunpriti; Mundo rabes; Mundo nhor Des; Nhanha badia; Nha Manera; Nos biografia; Ora ku n’murri; Orgulho di pobre; Portela; Rua di Lisboa; Rubera Rubereta; Sodadi nha rubera; Som di terra; Si bu dexa m; Sucundida; Sucuta m; Ta faze fita; Terra di guinti; Tradison/Contradison; Zum zum.
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