Opus 7
Grupo, 1976 – 1978
O Opus 7 tinha como integrantes jovens que se conheciam por viverem no mesmo bairro (Craveiro Lopes, na Praia), serem colegas de liceu e jogarem futebol juntos, segundo José Augusto Timas, que era o baterista e enumera os outros integrantes: Zeca di Nha Reinalda e Zezé di Nha Reinalda (vozes), Vavá (baixo), Santos (guitarra solo), Tony (guitarra), José Rui (sax, clarinete), José Brazão (teclado), Zé Povinho (baixo) e Zeca Rabés (tumba). O grupo irá desembocar no Bulimundo, uma vez que este último é formado com boa parte dos membros do Opus 7.
Grupo eclético, tinha no repertório reggae, música brasileira e da Martinica, e ainda da Guiné-Bissau e da Guiné-Conacri – em particular o Bembeya Jazz –, que depois da independência entram com força em Cabo Verde. E também mornas, koladeras e funaná: “Contrariamente ao que muita gente pensa e crê, já no Opus 7 fizemos algumas experiências no funaná, que foram consolidadas no Bulimundo. Zeca levou alguns temas de funaná para o grupo”, refere Timas (Cabo Verde & a Música – Dicionário de Personagens).
A certa altura, foram para o Senegal, mas com dificuldades de instrumentos e outros problemas o grupo se desfaz, alguns regressam para a Praia e reagrupam-se, mas não tinham muitos equipamentos. É aí que aparece Katchás e convida-os para integrar um grupo que desejava formar. Como antecedente, o Opus 7 teve o Afrodianos, que durou pouco tempo e mudou de nome com a saída do seu fundador, Kubala.