Mirri Lobo
Emílio Rito de Sousa Lobo
Pedra d’Lume, SL, 1960
Cantor
Originário de uma família de tradição musical e com vários cantores – como Ildo Lobo e o seu pai, Antoninho Lobo – Mirri Lobo iniciou as suas atividades musicais em 1980, como vocalista do conjunto Djarama, formado por militares. Dois anos depois, classificava-se em segundo lugar a nível nacional no concurso Todo o Mundo Canta.
A sua discografia teve início em 1987, com Alma violão, LP produzido por Dany Silva e editado em Portugal, tal como o segundo, Matchamor, que sai no ano seguinte. Paranoia, já nos anos 1990, é produzido por Ramiro Mendes e sai pela MB Records. Segue-se um intervalo nos discos a solo e em 2010 lança Caldera preta, desta vez com produção e arranjos da dupla Kalú Monteiro/Djim Job e de Toy Vieira em alguns temas. Uma das músicas do disco, “Encmenda d’terra”, de Paley Spencer, foi um sucesso e acabou levando dois prémios (melhor música do ano de 2011 e melhor koladera), na premiação Cabo Verde Music Awards de 2012. No mesmo evento, Mirri Lobo venceu em outras duas categorias: Melhor Álbum Acústico e Melhor Voz Masculina.
À parte os seus discos a solo, Mirri Lobo foi, ao lado de Ritinha Lobo, vocalista do Mobafuco, em finais da década de 1990. A música, contudo, permanece um hobby. Depois de trabalhar vários anos no ramo da hotelaria, cria um empreendimento na área da produção agrícola hidropónica, do qual é sócio-gerente. Caldera preta, além do título do álbum, veio a ser também o nome de um bar-restaurante que Mirri teve em Espargos. Com música ao vivo, naturalmente.
Discografia
- Alma violão, LP, Crioula Records, Lisboa, 1987.
- Matchamor, LP, Crioula Records, Lisboa, 1988.
- Paranoia, CD, Mendes Brothers Records, Brockton, 1992.
- Caldeira preta, CD, edição do artista, Sal, 2010.
- Salgadim, CD, edição do artista, Sal, 2019.
- Participação no CD coletivo Crianças di terra, 2004.
- Participação no disco de Antero Simas Kriolo, 2009.
- Participação no disco de Dani Santoz Bom Sinal, 2012.
- Participação no CD Saxophonia’s, 2014, de Adriano Santos.
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