Kim Alves
Mas o trabalho como músico começou muito antes disso, pois o pai, Nho Djonzinho Alves, violinista, fez dos seus filhos, ainda crianças, seus acompanhantes em bailes que costumava animar na cidade da Praia. Ficou dessa época a recordação de uma noite em que Kim, aos 8 anos, fora posto a tocar chocalhos e, no embalo da festa, uma mesma música dura mais de meia hora. Com os braços exaustos e sem autorização para parar, o garoto a certa altura cai no choro, embora mantendo-se firme no ritmo. Chorando e tocando, o sofrimento momentâneo não o afastou da música, antes pelo contrário – aos 9 anos, venceu um concurso de solos de violão. Com o pai e os irmãos, gravou dois álbuns em nome do grupo Pai & Filhos.
Ainda adolescente, participou em vários grupos na cidade da Praia, como Sodade, Voz d’África, Zeca Santos e Abel Djassi. Na década de 1990, integrou Os Tubarões e Finaçon.
As suas composições têm sido gravadas por intérpretes de diferentes estilos. Quanto a trabalhos a solo, até o momento Kim Alves tem um único álbum, instrumental, em que percorre os vários géneros musicais cabo-verdianos.
Composições
(lista não exaustiva) Amor ki bom; Ano 2000; Badiu si…; Bu mundo a parte; Caxon ca tem cofre; Congonha; Demo d’inferno; Dibrui; Dificuldade di imigraçon; Dispidida; Djan djan; Djon d’inferno; Flor encantada;Fronta Maria; Homis di gossi; Iluson (Solidon); Inconsolada; Jogo de amor; Ka bo frontam; Kumpadri Palo; M’ba ku taça; Milénio; Nha Damáxa; Nha Dunda; O meu malandro; Paixon; Pomba branca; Pedracin; Prosa di paz; Pulguinha na língua; Simplicidade; Sonho consoladu; Tradiçon;Volta pa mi coraçon.
Discografia
- Dança das Ilhas, CD, edição de autor, Praia, 2006.