A música brasileira em Cabo Verde

Por GN em

Por Gláucia Nogueira

O vídeo ao lado é um bom exemplo de como a música brasileira faz parte das memórias dos cabo-verdianos e se insere nas suas práticas musicais e de entretenimento, sendo apropriada pelos músicos. Aqui aparece interpretada à rabeca, durante um convívio entre amigos no contexto da comunidade cabo-verdiana em New Bedford (EUA). “Cachaça não é água” foi composta por Marinósio Trigueiros Filho na década de 1930 e logo se tornou um clássico do Carnaval brasileiro. E cabo-verdiano também.

Agradecimentos a Alberto Martins pela cessão do vídeo para integrar esta página.


Diversos inputs culturais com origem no Brasil podem ser identificados em Cabo Verde ao longo da história. Em Folclore Caboverdeano, Pedro Cardoso escreve, num capítulo dedicado especificamente às relações entre Cabo Verde e o Brasil: 

“Os portos destas ilhas foram sempre escala obrigada para as embarcações procedentes da América do Sul, ou que, da Europa, para ali se dirigem (…) O intercâmbio comercial manteve-nos em contacto por largo tempo. (…) Atualmente só o Porto Grande de São Vicente continua sustentando relações diretas com o Brasil, recebendo e transmitindo às outras ilhas, com os produtos da sua indústria, músicas, cantos, modinhas, expressões e até modas tipicamente brasileiras…”

Pedro Cardoso em Folclore Caboverdeano, 1933
Grupo Floriano. Fonte: Arquivo Nacional de Cabo Verde

A influência brasileira em São Vicente revela-se de forma evidente no Carnaval, e B.Léza, por exemplo, compunha marchinhas como as que se ouviam no Rio de Janeiro no seu tempo. A propósito, chama a atenção o símbolo a reproduzir as armas do Brasil e a divisa “Ordem e progresso” (inscrição da bandeira brasileira) do grupo carnavalesco Floriano, fundado por B.Léza. Por outro lado, afirma-se que este compositor inovou ao compor mornas introduzindo elementos que seriam resultado da influência brasileira, quanto a padrões harmónicos e melódicos, como refere Vasco Martins no seu livro A Música Tradicional Cabo-Verdiana – 1 (A Morna).

Outro personagem importante da música de Cabo Verde que é assumidamente influenciado pela do Brasil é Luís Rendall, que num depoimento inserto no LP Memórias de um Violão (1988) fala da sua aprendizagem, aos 16 anos, com um marinheiro brasileiro chamado João da Mata. No seu repertório, vários títulos de composições remetem para a os géneros musicais brasileiros, como “Choro Armanda” ou “Baião Miluzinha”, por exemplo. Observe-se que o próprio nome do instrumento – violão – coincide em Cabo Verde e no Brasil, diferindo de Portugal, onde habitualmente é designado guitarra clássica ou viola.

Além do contacto direto entre músicos brasileiros e cabo-verdianos, o início da era do rádio no Brasil, em 1922, abriu uma nova via de entrada para a influência cultural brasileira no arquipélago, onde as ondas curtas eram captadas. Na década de 1940, as vozes de artistas como Nelson Gonçalves, Orlando Silva e Sílvio Caldas, bem como os sambas de Ary Barroso tornaram-se bem conhecidos no arquipélago.

Há muitos exemplos da presença de músicas brasileiras em Cabo Verde ao longo do século XX. Talvez o caso mais notório seja a koladera “Sayko Dayo”, de Ti Goy (Gregório Gonçalves, 1920-1991), cuja melodia tem trechos que fazem lembrar um tema bastante ouvido nas festas juninas brasileiras, tocado ao acordeão, “O Sanfoneiro só tocava isso”. 

Lela Violão, nos seus últimos anos de vida ainda se lembrava perfeitamente das letras dos sambas de uma lista de 96 títulos que tinha escritos numa folha de caderno, em geral aprendidos quando criança. Herculano Vieira, recordando a Boa Vista da sua juventude, refere que era o samba a música preferida. Fernando Quejas, sobre a sua juventude na Praia, afirmava: “A morna e a música brasileira eram as nossas músicas.” Por aí percebe-se como foi fácil para ele lançar-se como cantor em Portugal, no início da década de 1950, cantando em “brasileiro”.

Há referências também, quanto a músicas provenientes do Brasil, ao maxixe, que começou no século XIX como um jeito de dançar e acabou sendo o nome de um género musical. Nena (Manuel Ramos), no seu livro Mindelo de Outrora, refere no texto intitulado “Como cortejar uma dama na década de 1930” que no baile, depois de dançar algumas peças com a jovem pretendida, “íamos convidar a mãe da pequena para uma valsa ou um maxixe e ela ficava contente pela nossa lembrança”.

Por sua vez, Desiré Bonnaffoux, em Músicas Antigas de Cabo Verde, inclui o maxixe entre os tipos de música com que se animavam os bailes na Boa Vista, o que é corroborado por Nonhe (Olímpio Estrela), em entrevista a Carlos Castro no Novo Jornal Cabo Verde (07.11.1993): “Nessas festas tocava-se a morna, a coladeira (maxixe como lhe chamavam), a valsa, a polca (…)”. Interessante notar que Olímpio Estrela dá aqui uma pista sobre surgimento da koladera.  

Também em Santiago músicas brasileiras faziam parte dos momentos de convívio. Descrevendo a festa do Senhor do Mundo, em Picos (município de São Salvador do Mundo), que se realiza no terceiro domingo após a Páscoa, Juvenal Cabral relata, no seu livro Memórias e Reflexões (1947): “Os bailes são animadíssimos; dançam-se mornas, sambas e maxixes, ao som do violino, ou à voz fremente de uma velha gaita, febrilmente acompanhada por clássicos ferrinhos.”  Por sua vez, Nho Eugénio, construtor de sinboa nascido em 1936 no Tarrafal, quando entrevistado recordou-se de sambas e maxixes, antes de mencionar o funaná, como exemplos de músicas cabo-verdianas nos bailes da sua juventude.

Cabo Verde canta o Brasil

Até que ponto as músicas brasileiras influenciaram o surgimento de géneros musicais em Cabo Verde e como os cabo-verdianos se apropriaram delas eventualmente, adaptando-as ao seu gosto, são temas ainda em aberto, merecedores de mais estudos. Para já, podemos mostrar como, ao longo do tempo, muitos artistas cabo-verdianos gravaram músicas brasileiras, de diferentes épocas. Um bom exemplo é “Perdão Emília”, considerada em Cabo Verde uma morna.  

Houve uma composição brasileira que marcou o início da década de 2000 – ainda muito por causa das telenovelas, já que a Internet não tinha naquele momento a implantação que ganhou depois. Trata-se de “Morango do Nordeste”, que teve tal adesão do público (tanto a gravação brasileira como a de Roger, cantor cabo-verdiano que a gravou em ritmo de zouk), que levou a que fosse escolhida para animar as campanhas eleitorais, legislativa, do PAICV, e presidencial, de Pedro Pires. E ambas saíram vitoriosas.

Um grande exemplo de influência brasileira em Cabo Verde é Eddy Moreno. Tendo iniciado a sua carreira artística nos anos 1940, passou por Portugal e percorreu vários países apresentando-se como “artista afro-brasileiro”.

Eddy Moreno. Fonte: Voz di Povo, 04.08.1982

Numa fotografia antiga, podemos vê-lo tal qual o cliché do malandro carioca da época, com uma camiseta listrada, chapéu de palha de aba curta e um lenço no pescoço. No único disco a solo que gravou, Nos Festa (1980), a composição intitulada “Solo B.Léza”, que provavelmente terá aprendido de ouvido, é nada mais nada menos que o clássico do choro brasileiro “Odeon”, de Ernesto Nazareth.

Enquanto Quejas cantava em Lisboa e Eddy Moreno corria mundo, no Mindelo um menino de 10 anos, que mal alcançava o microfone, participa de um concurso radiofônico cantando a moda sertaneja em voga na época: “Quem me ensinou a nadar… Foi os peixinhos do mar…” Era Djosinha, talvez o maior cantor cabo-verdiano de música brasileira, pela quantidade de temas brasileiros que gravou, como vocalista do Voz de Cabo Verde ou a solo: “Mas que Nada”, “Que Pena”, “A Volta do Boémio”, “Por Causa de Você”, “Súplica Cearense” são alguns exemplos.

Angela Maria, Caetano Velso e Cesária Évora. Fonte: caetanoendetalle.blogspot.com

As cantoras Titina, Celina Pereira e Cesária Évora, que ainda adolescentes começaram a cantar, referiam sempre em entrevistas a cantora Ângela Maria como uma importante referência. Celina, no seu álbum Harpejos e Gorjeios gravou um grande sucesso da cantora brasileira: “Ave Maria no Morro”. Cesária, por sua vez, gravou também composições brasileiras dessa época: “Negue”, “Beijo Roubado” e, em dueto com Marisa Monte, “É Doce Morrer no Mar”.

Na década de 1970, o grupo Les Flammes e o seu vocalista Mário Pop animavam bailes das comunidades cabo-verdiana e portuguesa em Paris e arredores. Entre outros sucessos da época, gravaram temas de Roberto Carlos como “Eu Digo Adeus”, “Proposta”, “Amada Amante” e “Além do Horizonte”. Nos EUA, pela mesma época, Amândio Cabral gravava “Manhã de Carnaval”, que veio mais tarde a ser gravada por Maria de Barros. Manecas Matos, por sua vez, gravou dois sucessos de Maysa – “Ouça” e “Meu Mundo” – e Eduardo Jon Xalino, no seu disco gravado em 2015, incluiu um clássico da música romântica brasileira: “Sentimental eu sou”. Refira-se ainda a gravação de Dudu Araújo, em Pidrinha (2001), de uma composição do brasileiro Riko Dorileu, cujo contacto em Lisboa com a comunidade musical cabo-verdiana, resultou num tema intitulado “É Morna”, mais tarde gravado também por Nancy Vieira no seu álbum Lus (2007).

Luís Morais, com o grupo Voz de Cabo Verde ou nos seus discos a solo, fez do seu clarinete um “chorão” de primeira. Sem contar “Mechê”, do Voz de Cabo Verde – que é um disco de choro do início ao fim, com temas brasileiros e cabo-verdianos –, o clarinetista gravou, para citar só algumas músicas mais conhecidas: “Manhã de Carnaval”, “Água de Beber”, “Madame Fulana de Tal”, “Meditação”, “Caminhemos”, “Serra da Boa Esperança”, “Você Abusou”, “Não Deixe o Samba Morrer”, “Sábado em Copacabana”, “Ninguém me Ama”… Neste último caso, faz uma recriação inusitada – para quem conheceu primeiro as interpretações brasileiras – deste depressivo samba-canção que é um símbolo da música de dor-de-cotovelo dos anos 1950, ao transformá-lo num saltitante samba, deixando de lado, na sua versão instrumental, a canção e com ela a tristeza da letra.  

Ainda na área da música instrumental, refira-se Bau, que descobriu os recursos do cavaquinho como instrumento solista ao ouvir os choros de Waldir Azevedo, e em vários dos seus discos gravou temas deste compositor. “Delicado” e “Brasileirinho” são exemplos  Num dos seus álbuns aparece também Dilermando Reis, com “Maguado”. Bau, que também é luthier, criou a sua própria versão do cavaquinho, a partir do brasileiro, à qual deu o seu nome. César Lima é outro violinista que tem no seu repertório várias composições brasileiras.

Brasil canta Cabo Verde

A música brasileira foi durante muito tempo interpretada com frequência por cabo-verdianos sem que no sentido inverso houvesse muitos exemplos a citar. Alcione terá sido uma pioneira, ao gravar em 1983 o tema “Regresso”, cuja letra é um poema de Amílcar Cabral. Em 2001, esta música reaparece em São Vicente di Longe de Cesária Évora, em dueto com Caetano Veloso. Com o passar do tempo, contudo, sobretudo a partir da década de 1990, a música cabo-verdiana foi ganhando espaço e sendo mais conhecida no Brasil. 

Carlinhos Brown, no álbum Omelete Man gravou “Direito de Nascê”, de Manuel d’Novas, com a letra vertida para o português. Nesta mesma linha, o menos conhecido Ray Jo (Raimundo José) gravou na década de 1990 algumas coladeiras num CD intitulado Cabo Verde e Amarelo. Martinho da Vila, no álbum Lusofonia, apresenta versões de “Dança Ma Mi Criola” (Toy Vieira) e de “Nutridinha” (Ti Goy), contando nesta última com a participação de Celina Pereira. Daniela Mercury interpretando “One Love” de Sara Tavares, em Canibália, é outro exemplo.

Mais recentemente, Zizi Possi, gravou o EP O Mar me Leva (2016), em que dos quatro temas três são cabo-verdianos com as letras em versões em português: “Cusas di Coraçon” (Betú), “Odjus fitchádu” (Mayra Andrade) e “Morna PPV” (Tito Paris). 

Interações Brasil-Cabo Verde

À parte uns gravarem músicas de outros, houve alguns momentos de trabalho conjunto entre artistas de ambos os lados do Atlântico, resultando em gravações que registam essas interações. Um bom exemplo é o LP Stora Stora, gravado por Humbertona, Waldemar Lopes da Silva e o brasileiro Marcelo Melo (mais tarde fundador, no Recife, do Quinteto Violado), quando os três estudavam na Bélgica.

Stora Stora é um álbum pioneiro, na interação musical Brasil-Cabo Verde e na qual ela acontece em pleno. Há no disco músicas cabo-verdianas e brasileiras, e entre estas podemos destacar “Asa Branca” (Luís Gonzaga), “Canta Maria” (Geraldo Vandré), “Viramundo” (Gilberto Gil) e “Samba Erudito” (Paulo Vanzolini). Humbertona sola “Consolação”, de Baden Powell. Nos anos 1980, o Quinteto Violado foi convidado para se apresentar em Cabo Verde, do que resultou, no ano seguinte, o LP Ilhas de Cabo Verde, com músicas cabo-verdianas e brasileiras.

Na sua participação num DVD de Mart’nália, Mayra Andrade interpreta com a cantora e com Carlinhos Brown a composição “Tchapu na bandera”, de Djoy Amado. Mayra com frequência incluiu no seu repertório em palco algum tema brasileiro, além de se ter cercado, no início da carreira, da cumplicidade musical de instrumentistas brasileiros como Hamilton de Holanda e Jacques Morelembaun entre outros. Atuou no Brasil com Mariana Aydar e participou num documentário sobre Dominguinhos. Em 2022, uma tournée por vários estados brasileiros consagra Mayra como pop star, com casas cheias e o público brasileiro com as suas letras na ponta da língua.  Na vertente dos encontros, há a referir também Tito Paris, que contou com a participação de Zeca Baleiro em “Santiago Amor”, no seu álbum Mi e Bô.

Mário Lúcio, por sua vez, tem gravações com Gilberto Gil (“Nha Mudjer”), no CD Mar e Luz; Milton Nascimento (“Mar de Tarrafal”, no CD Kreol); e com Djavan (“Hino à Gratidão”, single de 2022). E por falar em Mário Lúcio, é de lembrar que o Simentera, numa deslocação ao Brasil em finais dos anos 1990, fez um concerto com Paulinho da Viola, no Centro Cultural São Paulo. Esta gravação é um documento inédito, em breve a ser disponibilizado aqui.

“Morna Brasileira” é uma parceria de Vera de Deus e Ricardo de Deus, gravada em Fragmentos, álbum deste pianista brasileiro que viveu na cidade da Praia durante 18 anos. Outro brasileiro, Rodrigo Lessa, é também exemplo de trocas musicais Brasil-Cabo Verde, com um trabalho que nasceu da sua convivência com músicos cabo-verdianos e que traça um triângulo de afinidades entre o Brasil, Cabo Verde e Cuba, tendo participado do álbum Toy Vieira e Vaiss. A sambista brasileira Lecy Brandão, por sua vez, na sequência de uma viagem ao arquipélago, não gravou música cabo-verdiana, mas compôs um tema que fala do país, intitulado simplesmente “Cabo Verde”. 

Outro exemplo de interações Brasil-Cabo Verde é o grupo Obá, sigla que significa “O Brasil e a África” e que nasceu em Curitiba, na virada do milénio, a partir do encontro de Gamal Monteiro e o percussionista brasileiro Márcio Rosa. O grupo começou no Brasil e acabou em Cabo Verde. Enquanto isso, em Portugal, Danae, iniciava a sua discografia cantando com sotaque brasileiro, tal como Fernando Quejas meio século antes.  

Músicos cabo-verdianos no Brasil 

Não há memória de músicos cabo-verdianos que, emigrados no Brasil, desenvolvessem atividades musicais que lhes dessem visibilidade, como se pode observar em Portugal, ou entre as comunidades cabo-verdianas nos EUA, França, Luxemburgo ou Holanda.

Na atualidade, contudo, dois músicos aparecem com trabalhos autorais: Tchida Afrikanu, radicado no Recife, e Hélio Ramalho, em São Paulo. Ambos partiram de Cabo Verde como estudantes e acabaram por se fixar no Brasil, por razões pessoais e profissionais. Hélio, de São Nicolau e neto de Mané Pchei, depois de se formar em engenharia, optou por ser músico a tempo inteiro, e atua em espaços de música ao vivo na capital paulista. Tchida Afrikanu, nome artístico de Alcides Delgado Lopes, natural de Santo Antão, enveredou pela carreira académica na área da Antropologia, e é professor universitário, mantendo a sua produção musical em paralelo.   

Composições de cabo-verdianos falando do Brasil

“Carnaval de São Vicente” (Pedro Rodrigues)
“Brasil” (B.Léza)

Composições de brasileiros falando de Cabo Verde

  

Para saber mais sobre as relações Brasil-Cabo Verde

Brasil-Cabo Verde – Tópicos de Relações Culturais. Organizadores: Bruno Miranda Zétola e Mônica Andrade. Obra editada pela Embaixada do Brasil em Cabo Verde, Praia, 2018. O texto que se apresenta nesta página é uma versão atualizada de um capítulo deste livro.

Ouça também

Referências:

Bonnaffoux, Desiré (1978). Música Popular Antiga de Cabo Verde. Cópia datilografada. Lisboa: Sociedade de Geografia de Lisboa. 

Cabral, Juvenal (1947). Memórias e reflexões. Praia: e.a.

Cardoso, Pedro Monteiro (1933). Folclore Caboverdeano. Porto: Edições Maranus.

Castro, Carlos (1993, novembro 7). Nha Nonhe: “A música será sempre a minha melhor companhia”. Novo Jornal Cabo Verde.

Jotaefege (1974). Maxixe – A dança excomungada. Rio de Janeiro: Conquista.

Lima, António Germano (1997). Boavista, ilha de capitães (História e Sociedade). Praia: Spleen.

Martins, Vasco (1989). A Música Tradicional Cabo-Verdiana – 1 (A Morna). Praia: Instituto Cabo-Verdiano do Livro e do Disco.

Nogueira, Gláucia (2005). O tempo de B.Léza. Documentos e Memórias. Praia: Instituto da Biblioteca Nacional e do Livro.

Nogueira, Gláucia (2007). Notícias que fazem a História. A Música de Cabo Verde pela Imprensa ao longo do Século XX. Praia: e.a.

Ramos, Manuel (2003). Mindelo d’Outrora. Mindelo: Gráfica do Mindelo.

Entrevistas:

Fernando Quejas (2004).

Herculano Vieira (2017).

Nho Eugénio (2014).

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