Faria Júnior

Por GN em

António Miguel Faria Júnior

Lagedos, Porto Novo, Santo Antão, 1948

Compositor, instrumentista (cordas)

Temas de Faria Júnior aparecem na discografia de intérpretes como Cesária Évora, Jacqueline Fortes, Ana Firmino, Djosinha, entre outros. A primeira vez que teve um tema da sua autoria gravado terá sido no primeiro álbum de Jaqueline Fortes, em 1980. Compositor sobretudo de mornas e koladeras, Faria Júnior compõe também mazurcas e temas carnavalescos. Várias das duas composições permanecem inéditas.

A sua vida musical começou em São Vicente, onde foi cumprir o serviço militar. Nessa altura, com colegas da Boa Vista, aperfeiçoou-se no violão e dedicou-se a treinar solos de Luís Rendall e Tazinho, além dos do brasileiro Waldir Azevedo. Mais tarde, na década de 1980, participou em diferentes grupos, como Os Amigos e Banda Ferrim.

Residente na Holanda desde 1992, para onde se deslocou a convite do grupo teatral Juventude em Marcha, ficando no país desde então, participa regularmente em atividades musicais na comunidade cabo-verdiana. Em termos de gravações aparece a tocar cavaquinho no disco Direito Humano, do seu amigo e conterrâneo Ildo de Jesus.

Antes de emigrar, Faria Júnior trabalhou como condutor nos Correios e na Rádio Nacional de Cabo Verde, em São Vicente. Nesta emissora, deu a conhecer uma faceta de humorista infantil, ao atuar no programa Olá meninos: numa rubrica intitulada “Cabeça Dura”, fazia o papel de aluno, enquanto um adolescente era o professor.

Composições

Dialogue, Pesca ote rume, Inguise, Nha Cozinha d’manha, Catatau, Dispidida d’imigrante, T’imbutchode, Riola d’irmõ, Sabor d’amor, Andropausa, Mensagem de gratidão, Dor de culpa, Nha coraçõ crê sô bô, Volte mamãe (em português), Fidjo de tude povo (homenagem a Amílcar Cabral), Mãe pátria, Cabo Verde.

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Pesquisa: Francisco V. Sequeira

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