Jair Pina
Paulino Baptista Nunes Pina
Praia, 1963
Instrumentista (percussão)
Músico profissional no circuito cabo-verdiano em Portugal, Jair chegou a este país em 1984, aos 19 anos. Foi o futebol que o fez sair de Cabo Verde e em Portugal jogou em várias equipas na segunda divisão. A música, contudo, falou mais alto.
O baterista Pachinho, seu primo, foi quem o influenciou a começar a tocar percussão, embora “quando ainda vivia em Cabo Verde, já apreciava muito o Jorge Lima d’ Os Tubarões”, conta Jair a Cabo Verde & a Música – Museu Virtual (maio 2024). Outro familiar ligado à percussão, foi Marrocos, um dos fundadores do Tulipa Negra e do África Star.
Depois, Bana, Dany Silva e Tito Paris, em cuja banda tocou durante alguns anos, foram os responsáveis por impulsionar a sua carreira. “A minha primeira viagem como profissional foi pelas mãos do grande Bana e foi em 1989. A partir desta data deixei de ser futebolista semi profissional, a música falou mais alto”.
Ao longo dos anos, tocou com muitos dos artistas cabo-verdianos radicados em Portugal, como Paulino Vieira, Ana Firmino, Titina, Maria Alice, Lura e Zenaida Chantre. Com Lura esteve a trabalhar durante dez anos. “Foi um projeto que me deu muita visibilidade por poder tocar todos os estilos musicais de Cabo Verde.” Por outro lado, Tito Paris é o artista com quem trabalha há mais tempo, tendo participado em todas as suas gravações. “Muitas pessoas me reconhecem como o percussionista do Tito”. Tem também pontualmente acompanhado artistas de diferentes países africanos e também portugueses e brasileiros.
Além de acompanhar artistas, em palco e em estúdio, a partir de 2000 Jair passou a se apresentar em discotecas e festas com o denominado Jair House Project, em que faz animação geralmente acompanhado por DJ.
Em 2016, em parceria com a sua mulher, Filomena Braz de Pina, Jair abriu em Lisboa o bar-restaurante Djairsound. Nas noites de música ao vivo, quando não está em viagem acompanhando algum artista, acompanha na percussão os músicos e cantores que se apresentam no local.