Arminda Sousa
Arminda Rosa Monteiro Sousa
São Vicente, 1942 – Brasil, 2016
Cantora
Enquanto estudante do curso de Educadora Social em Coimbra, Portugal, para onde vai em 1965, Arminda Sousa participa do grupo Noitinha, formado por estudantes cabo-verdianos. No único registo do grupo, é a voz solista na morna “Mãe”, gravação que muitos anos mais tarde permanecerá presente na memória do público cabo-verdiano. Em 1969 grava, a solo, o EP Tchon frio, com acompanhamento de Dany Silva, Frank Mimita e Armando Tito, entre outros. Tratava-se do grupo que na altura acompanhava Bana, que, aliás, toca reco-reco na gravação. Todas as músicas do disco serão mais tarde editadas em compilações.
Em seguida, parte para a Suécia com o marido, que, caso permanecesse em Portugal, teria de servir o exército em plena guerra colonial. A partir de 1973 o casal viveu no Brasil. Quanto à música, resume-se a atuações entre amigos ou atividades associativas e foi com surpresa que a cantora descobriu a sua voz, cerca de 30 anos depois de feitas as gravações, editadas em CD (Cabo Verde & a Música – Dicionário de Personagens). Arminda Sousa é irmã do cantor Jorge Sousa e de Maria da Luz, uma pioneira na discografia produzida em Cabo Verde.
Discografia
- Tchon Frio, 45 rpm, Voz de Cabo Verde, Lisboa, 1971.
- Participação (com “Tchon frio” e “Holandeza”) na compilação Coladeiras – Os Melhores de Cabo Verde, LP, Voz de Cabo Verde, Lisboa, (?).
- Participação (com “Laura” e “Ingratidão”) na compilação Mornas de Sempre, CD, Sons d’África, Lisboa, (?).