Splash!
Grupo, 1990
Praticamente com os mesmos membros do Livity, Splash! era um grupo de estúdio, que os cantores contratavam para gravações: Grace Évora, com passagem por vários grupos, Danilo Tavares (ex-Rabelados), Sebastião dos Santos (Triumph; Mobass) e Djoy Delgado. E mais tarde, Johnny Fonseca e Dina Medina. Por exemplo, o nome do Splash! aparece na capa dos discos de Pedro Rocha, a partir de 1992. Refira-se que, paralelamente ao trabalho como banda, os membros do Splash! mantiveram sempre atividade independente. Por exemplo, Dina, Grace e Johnny Ramos com carreira solo, e Djoy Delgado como instrumentista, compositor e produtor de um grande número de álbuns.
“Depois que Dina gravou o seu primeiro álbum, Paixão e coração (1995), sentiu necessidade de apresentar o trabalho em público, então fomos acompanhá-la”, conta Djoy Delgado (Cabo Verde & a Música – Dicionário de Personagens). O grupo faz uma tournée em Cabo Verde no verão de 1995 e, segundo Djoy, “tudo correu tão bem resolvemos fazer um trabalho com o nome Splash!”. Surge então, em 1996, o CD Simplicidade, com a seguinte formação: Djoy Delgado e Manu Soares (teclas), Johnny Fonseca (guitarra), Roberto Matias (baixo), Grace Évora (bateria, voz), Milena Tavares e Dina (vozes).
Em 1998, sai Nha terra k’tchuva, com um novo membro no grupo: Johnny Ramos. É nesse ano que o Splash! toca pela primeira vez no festival da Gamboa, algo que irá se repetir muitas e muitas vezes a partir de então, tal como nos outros grandes festivais anuais que se realizam no arquipélago. Em 1999 sai a compilação Africana, reunindo temas dos dois discos anteriores. Contradição vem dois anos depois, com dois novos vocalistas, Denis Graça e José Azancoth, e já sem Johnny Ramos. Em 2012, quando edita o álbum Celebra, o Splash! é constituído por: Djoy Delgado e Manu Soares (teclas), Grace Évora (bateria e voz), Johnny Fonseca (guitarra), Danilo Tavares (baixo), Dina Medina e Laise Sanches (vozes).
Koladera, funaná, zouk, kolazouk são o forte do repertório do grupo, quase sempre dançável, num meio termo entre os ritmos ditos tradicionais de Cabo Verde e um pop sem amarras. Nesse repertório há lugar para mazurca e contrança e também para êxitos internacionais como “Hello”, de Lionel Ritchie, e “Borbujas de amor”, de Juan Luis Guerra, conforme o momento.
Em 2013, o grupo é galardoado no Cabo Verde Music Awards em cinco categorias: Melhor Funaná (“Mágua nha rubera”, gravação que conta com a participação de Princezito e Bino Branco, sendo a letra de Princezito e Yuri Abreu e a música de Danilo Tavares, Manu Soares e Grace Évora), Melhor Cabo Zouk (“26 hora”, composição de Grace Évora e Djoy Delgado), Melhor Banda ao Vivo, Melhor Álbum Eletrónico e Melhor Produtor Musical. Além disso, Grace Évora na qualidade de vocalista do grupo recebeu o prémio de melhor voz masculina.
Discografia
- Simplicidade, CD, J. Medina/Mesa Pro, Schiedam, 1996.
- Nha terra k’tchuva, CD, RBR, Dorchester, 1998.
- Africana, CD, RBR, Dorchester, 1999 (compilação de músicas dos dois álbuns anteriores).
- Contradição, CD, RBR, Dorchester, 2001.
- Celebra, CD, e/a, Roterdão, 2012.
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