Silvestre Faria
Silvestre Pinheiro Faria
Furna, Ilha Brava, 1924 – Hillsborough, Florida, EUA, 1993
Compositor, poeta
Silvestre Faria é o autor do poema, em português, “Matilde”, que José Medina musicou como valsa e é um tema que ficou na história associado ao trágico naufrágio da embarcação do mesmo nome: o navio Matilde partira da Brava em agosto de 1943 rumo aos Estados Unidos e nunca chegou ao destino, com cerca de 50 emigrantes a bordo.
O compositor deixou a Brava ainda criança para viver em São Vicente, onde foi funcionário do Banco Nacional Ultramarino, tendo nessa qualidade passado algum tempo na Guiné e em Portugal. Depois de reformado, em 1978, partiu para os EUA, onde residiu até ao fim da sua vida.
Silvestre Faria figura na compilação Morna, Cantiga que Povo ta Cantâ, organizada por Benvindo Leitão, 1982), que lhe atribui a autoria da composição “Triste agonia”(segundo outras fontes, de Djedjinho e João Lichinho).
Em 2104, o seu filho Tó Faria teve a iniciativa de homenagear o pai, do que resultou um livro – Silvestre Pinheiro Faria – Sua Vida, História e Obra – e um disco, Gardénia canta Silvestre Faria e Amigos, com interpretações de Gardénia Benrós em quase todas as músicas. O álbum tem produção musical e arranjos de Vuca Pinheiro.
Composições
Luz brando de bo olhar (parceria com Virgínio Pereira);
Dispidida, Marlene levâ’n co bó, Mocidade é sol nascente, Nha djuramento, Valsa Matilde (parcerias com José Medina);
Crem sem midida (parceria com Djedjinho);
Si sodade ca matam (parceria com Pedro Cunha);
Gradecimento (parceria com Jotamonte).
Para saber mais
Silvestre Pinheiro de Faria – Sua Vida, História e Obra, de Luís António Pinheiro de Faria, edição do autor, 2014.
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