Márcio Rosa
Márcio Rosa Honório
Curitiba, Brasil, 1977
Instrumentista (bateria, percussão)
Márcio Rosa liga-se à música de Cabo Verde através de Gamal Monteiro, a quem dava aulas de percussão brasileira, em Curitiba, em finais da década de 1990, e com ele descobria os ritmos cabo-verdianos. “Ali já aprendi funaná, koladera, zouk, morna e batuku. Conheci a música de Orlando Pantera, fiquei admirado e inspirado e fiz planos de conhecer Cabo Verde” (Cabo Verde & a Música – Dicionário de Personagens).
Juntos, Márcio e Gamal formam a banda Obá, que grava um primeiro disco no Brasil e o segundo em Cabo Verde, anos depois.
Convidado pela cantora Vera Cruz para acompanhá-la, Márcio Rosa participou no Fesquintal de Jazz, em 2002, altura em que contactou muitos músicos cabo-verdianos. Passou logo a integrar o grupo de Isa Pereira e o irmão Valdo. Assim, Rosa acaba por residir na Praia até 2008, entre idas e vindas ao Brasil.
É extensíssima a lista de artistas cabo-verdianos que acompanhou em Cabo Verde. Entre os na época novatos, estão Paulinha, Vadú, Princezito, o grupo Djingo e Tcheka, de cuja banda Rosa irá mais tarde fazer parte. Com Remna Scwhwarz realizou duas digressões a Portugal. Também tocou com veteranos como Ildo Lobo, Dudu Araújo, Tchota Suari, Lela Violão, Gardénia Benrós, Zeca di Nha Reinalda, entre muitos outros. Artistas de diferentes gerações e inseridos em diferentes estilos musicais. Pontualmente, substituiu Jorge Pimpa em atuações do Ferro Gaita. Toca no álbum Kreol , de Mário Lúcio em Crioulo de Antero Simas.
Márcio Rosa atribui o seu intenso ritmo de trabalho em Cabo Verde à falta de bateristas localmente e ao facto de ter chegado numa altura em que se verificava “um aumento da música ao vivo na Praia e de explosão cultural que iniciou com o projeto do Pantera e influenciou a criatividade coletiva da juventude”. era o início dos anos 2000.
De volta ao Brasil em 2008, desde então trabalha como músico profissional e dá aulas de percussão. Rosa vem de uma família de percussionistas.