Djonzinho Alves, Nho

Por GN em

Nho Djonsinho Alves, no Fesquintal de Jazz, 2002. Foto: Olav Aalberg

João Alves

São Filipe, Fogo, 1925 – Praia, Santiago, 2013

Instrumentista (violino), compositor

Violinista autodidata, ao deixar a ilha do Fogo para fixar-se na Praia, leva na bagagem o violino e a tradição instrumental forjada nos bailes, quando a música exigia talento mas também resistência: tinha-se que tocar horas a fio e estava-se ainda longe do tempo em que os equipamentos de amplificação viriam suavizar o trabalho. A arcada, portanto, tinha que ser vigorosa. 

Nho Djonzinho com Kim Alves e Zerui de Pina. Foto cedida por Zerui de Pina

Nho Djonzinho fixa-se, por volta de 1960, na então periférica Achada Santo António. A mulher decide vender a sua máquina de costura para comprarem um terreno e construírem a sua casa (Cabo Verde & a Música – Dicionário de Personagens). Pedreiro, ergueu-a com as próprias mãos, e 40 anos mais tarde a família reside no mesmo lugar, mas num imóvel já com vários andares.

Da sua extensa prole, quase todos tocam algum instrumento e começaram bem cedo a acompanhar o pai em tocatinas e bailes. Com aqueles que se tornaram músicos profissionais, como Kim Alves, Kaku Alves, Djudjuk Alves e Tó Alves, Nho Djonzinho grava, sob a denominação Pai e Filhos, dois CD instrumentais, Tributo e Mimória, com koladeras, mornas e mazurcas. No segundo, inclui alguns temas da sua própria autoria.

Discografia

Ver Pai & Filhos.

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